Qual o verdadeiro valor da dívida global dos países e dos cidadãos do Mundo? Ninguém sabe ao certo. O que verdadeiramente se sabe é que países até há pouco tempo insuspeitos, estão em grandes dificuldades. Com efeito, o Brasil está, segundo alguns, à beira da falência e mesmo a nórdica Finlândia ( quem diria?) apresenta grandes dificuldades. Os Estados Unidos são dos maiores devedores do Mundo em termos absolutos a par do Japão. A divida pública é muito maior nos países desenvolvidos do que nos menos desenvolvidos onde a poupança é muito maior. Os mais velhos lembram-se como era em Portugal, então uma pobre economia rural, há sessenta anos atrás. Portugal apresenta hoje uma das maiores dívidas (pública e privada) da União Europeia, quer em termos absolutos quer, sobretudo, em percentagem do PIB. Segundo Pedro Guerreiro do jornal "Económico", nos seus já famosos videos 2:59, sustenta que a "dívida mundial" será superior a 3 vezes o PIB mundial, o que não deixa de ser extraordinário e demonstrativo da enorme especulação em torno da actividade económica. Com a afirmação do sector dos serviços como motor da economia nos países desenvolvidos, o "valor intrinseco" associado aos produtos, de uma forma geral, surge tremendamente desproporcionado face ao seu custo real de produção. Isto é, os custos de comercialização e distribuição, de marketing e de publicidade, de financiamento e de seguros, incluindo aqui a valorização do risco e das margens que lhes associamos, chegam a ser da ordem das dezenas de vezes superiores ao custo seco do produto sobre o qual incidem. Se acrescentarmos depois a economia paralela e as actividades especulativas, para não falarmos nas verdadeiramente tóxicas ou na corrupção, (Segundo alguns autores da ordem dos 30% do PIB mesmo em países da OCDE), está encontrado o caldo necessário ao "rebentamento da bolha", que prevejo de novo e a cores para muito breve. OU SEJA, DEIXOU DE HAVER HÁ MUITO CORRESPONDÊNCIA ENTRE A ECONOMIA REAL E O PRINCIPAL INSTRUMENTO PARA A MEDIR: O DINHEIRO!
Para começarmos a ter um pequeno vislumbre do que realmente se passa na grande farsa do capitalismo global, conviria esclarecer, em tempo oportuno, se o Deutsche Bank vai mesmo apresentar um prejuízo de 6 mil milhōes de euros? E também se os seus activos incluiem 65 000 000 000 000 000 de euros de produtos derivados (65 triliões. Deixei os zeros de propósito!), certamente pouco especulativos e nada tóxicos!? O que perfaz mais ou menos vinte vezes o PIB da Alemanha! É que se isto for verdade, temos de gritar todos bem alto: Então os culpados somos nós? SENHOR SCHÄUBLE, VÁ DAR BANHO AO CĀO!
“Cavaco não precisava de ter dito isto [sobre o PCP e o Bloco] para justificar a sua acertada decisão. Num discurso de 28 parágrafos houve dois desnecessários e infelizes, que provocam mais problemas do que abrem a porta a soluções. Houve 122 palavras a mais. Cavaco dividiu quando devia ter unido. Acentuou divergências quando precisamos de convergência. Extremou posições ideológicas quando a hora é de pragmatismo.”
Paulo Ferreira no Observador de ontem
O que vai fazer a diferença nas próximas eleições?
Valeu a pena o enorme sacrifício dos últimos quatro anos?O que ganhámos e o que perdemos?
Readquirimos o respeito do capital internacional, a "confiança dos mercados", seja lá o que isso quer dizer. Com este crédito conseguimos duas importantes coisas: que nos emprestem mais dinheiro, a juros aceitáveis e a sermos tolerados no clube! Isto é, já não temos de ficar a torcer o chapéu nas mãos, à porta, nervosamente, pedindo licença para entrar.
Este "capital de confiança" foi conseguido à custa do empobrecimento das famílias e das empresas, do desemprego de centenas de milhares de trabalhadores, da emigração dos mais qualificados, do aumento da dívida pública de 100 para 130% do PIB e do regresso da economia a valores do início do século. À custa da generalidade dos contribuintes foram feitas gigantescas limpezas de activos tóxicos (BPN, BES, BPP, etc, etc.) e uma enorme destruição de valor (PPP's, PT, BCP, BPI e a generalidade das empresas). Isto é, nacionalizaram-se os prejuízos e privatizaram-se os lucros, sendo o mote dado pelo próprio BCE quando empresta dinheiro a 1% aos bancos para estes emprestarem aos Estados e à economia real a 6, a 8 e a 10%!!!
Se a lógica e a racionalidade fizessem algum sentido em política, diria que este governo tem os dias contados. É que os precários nas empresas, os jovens, os desempregados, os trabalhadores do Estado (polícias, forças armadas, juízes, médicos do sns e hospitais públicos, professores, engenheiros, etc, etc) a que acrescem os pensionistas não podem estar satisfeitos com o que lhes foi feito por este governo, e que foi muito PARA ALÉM DO QUE SUCEDEU AOS RESTANTES CONTRIBUITES PORTUGUESES.
AS FAMÍLIAS QUE VIRAM OS SEUS FILHOS EMIGRAR NÃO PODEM ESTAR CONTENTES COM ESTE GOVERNO!
Estamos, portanto a falar de uma boa maioria dos cidadãos com direito de voto. Será que relevam o que aconteceu? Ou consideram que não havia alternativas?
MAS SE NÃO PODEM VOTAR RACIONALMENTE NA COLIGAÇÃO DO GOVERNO, TAMBÉM NÃO PODEM LOGICAMENTE VOTAR NO PS, QUE FOI O PARTIDO CUJO GOVERNO OS LEVOU, HÁ MENOS DE QUATRO ANOS, À SITUAÇÃO ACTUAL.
Então se não podem votar racionalmente nos três partidos do chamado, com razão, "arco do poder", em quem podem votar?
E aqui chegados, para além das questões acima postas, coloca-se o factor "Grécia", ou se quiserem o factor medo. Medo de que Portugal caia numa situação semelhante à da Grécia, medo da impreparação dos "pequenos" partidos, medo das ideologias dogmáticas, medo da anarquia, medo do desconhecido.
Será este medo suficientemente grande no eleitorado para o impedir de apostar nas inúmeras alternatIvas que se apresentam?
E os partidos do "arco do poder" exploram este filão do medo até à exaustão. E tem cabimento perguntar se deixou de ser válida aquela célebre frase (pronunciada quando lhe dava jeito) do muito impropriamente chamado "pai da democracia portuguesa" de que "Em democracia existem sempre alternativas!"
Dia 4 de Outubro vamos tirar teimas e saber as respostas.
Sobre esta história da sustentabilidade da segurança social, todas as pessoas tem o direito a ter a sua opinião e a defender a sua ideologia. O que não percebo nem me parece admissível é a manipulação, a omissão e pior, a mentira no meio das meias verdades, com que pessoas responsáveis bombardeiam a assustada opinião pública. E aqui os jornalistas como classe têm dado um péssimo contributo. Apenas dois exemplos muito badalados do que não me parece ser intelectualmente honesto: Primeiro - a afirmação de que não existe uma conta para onde se destinam e capitalizam os descontos dos trabalhadores e das entidades patronais. Até porque segundo essas mesmas pessoas o nosso sistema é distributivo e não de capitalização. De facto não existe uma conta de capitalização para onde se destinam as contribuições. Mas então o que é o Fundo de Estabilização da Segurança Social? Não foram lá buscar por duas vezes, que se saiba, qualquer coisa como 4,5 mil milhões de euros cada para comprar dívida pública portuguesa? Segundo - os defensores da insustentabilidade recusam-se a diferenciar o sistema contributivo do sistema de solidariedade social. Quando se argumenta que o primeiro é sustentável, perguntam logo o que se faz aos restantes. Simples, digo eu: Temos, como sociedade, todo o direito a sermos mais solidários. Se queremos ser beneméritos e mais solidários, devem ser os impostos a arcar com essa responsabilidade que é de toda a sociedade e não apenas dos trabalhadores e patrões que descontam ou descontaram para um sistema de previdência.
É o verbo vender. No presente do indicativo, julgo que o acordo ortográfico ainda não o alterou, conjuga-se eu vendo, tu vendes, ele vende, nós vendemos, vós vendeis, eles vendem. O país vende. A TAP, os CTT, a ANA, os estaleiros, os anéis e os dedos. Para não falar daquela prenúncia fantástica em que se bende, não se vende. E o que dizer do Algarve, onde nada apenas se vende. Também to sale! Ou seja vende-se to sale. Para que não exista qualquer dúvida e se possa pensar que vende-se to buy. A melhor mesmo é a do anúncio: o próprio vende-se! Ao que chegámos. Até nos vendemos a nós próprios com anúncio nas varandas. Bom, mas isto é o discurso oficial. Porque à sucapa, anda alguém por aí a comprar. O quê? Perguntarão os leitores. Bom a comprar os prejuízos da banca e de outros sectores, para que não se diga que é só vender.
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